quinta-feira, dezembro 20, 2007

Curiosidades da quadra natalícia...(parte II)

Como havia prometido no post anterior, aqui vai a curiosidade nº2 deste mês natalício.

Faço um preâmbulo para confessar que não se trata de uma criatividade assinada por mim, mas sim inspirada num daqueles mails que circulam pela internet, cujo objectivo é aumentar tráfego de dados e reduzir a produtividade laboral...isto para não falar no facto daqueles avisos comuns do "envia este mail para 500 pessoas, caso contrário, se vives na zona do Porto e sais à noite, alguém vai dar-te um tiro na cabeça".
Então o título desse espectaculástico (espectacular+fantástico) era o seguinte: Rainhas Magas. Comecei logo por suspeitar que o seu conteúdo seria um slideshow de senhoras envergando lingeries insinuantes, com glândulas mamárias bem desenvolvidas à custa de material plástico, e em poses provocantes numa pura demonstração da sua elasticidade, ou seja, gajas mesmo boas e capazes de levantar um morto ou um idoso quase-morto.
Nada mais errado que isso!
Até porque essa suspeita dissipou-se de imediato assim que vi a proveniência desse mail, a não ser que essa minha amiga quisesse ter a amabilidade de me deixar bem disposto nesse dia, ou então se quisesse realmente confessar que tinha os mesmos gostos que eu (o que não me parece ser propriamente o caso dela...).
Posto isto, lá fui espreitar o conteúdo do mail, e constatei que era o típico mail, com uma apresentação em powerpoint, e que começa com a dúvida:
E se em vez de Reis Magos, tivessem sido Rainhas Magas?
Muito pertinente esta questão...e começam logo por dar as respostas que passo a citar:
- Elas não se teriam perdido
- Teriam chegado na hora certa
- Teriam ajudado no parto
- Teriam limpado o estábulo
- Teriam levado presentes "úteis"
- Teriam levado qualquer coisa para comer

Como é óbvio, estes conjunto de acusações implícitas de teor femininistas são muito pouco consistentes, pois tratando-se de Rainhas, elas não iriam mexer uma palha para limpar nada, nem teriam sujado as mãos para ajudar no parto.
Quanto ao chegar a horas e ao facto de não se teriam perdido, acho que nem será preciso comentar!! Basta ter em conta o sentido de orientação das mulheres e os seus frequentes (pequenos) atrasos...
Em relação aos presentes "úteis"...como é que alguém que segue o brilho de uma estrela adivinha logo que vai assistir a um parto e leva um pacote de fraldas?!

E para provar que a melhor opção na história seriam mesmo os Reis Magos, há a segunda parte do mail, que diz o seguinte: logo após a partida das Rainhas Magas...
E segue-se um rol de comentários típicos, claramente femininos e perfeitamente denunciadores da inveja que por vezes as caracteriza. E aqui estão os comentários:
- Repararam que as sandálias da Maria não combinavam nada com a túnica?
- O menino não se parece nada com o José...
- Como é que eles aguentam viver com aqueles animais todos em casa?
- Espero que eles me devolvam o tupperware onde eu levei a comida que ofereci!
- Virgem?! Não me façam rir!! Eu conheço bem a Maria desde os tempos da faculdade!

Perante isto, a grande conclusão é que no caso dos Reis Magos, apesar do atraso conveniente (espertos...eu no lugar deles também não queria assistir ao parto!), apesar de não terem mexido uma palha para limpar o estábulo, e apesar de não terem levado nada para comer, sempre deixaram lá uns presentinhos catitas. Para além do valioso Ouro (que dá sempre jeito...) a Mirra e o Incenso não foram assim tão inúteis! Para quem não sabe, a resina da Mirra é usada na preparação de medicamentos pelas propriedades anti-sépticas que possui, pelo que a parte das limpezas já poderia ficar assim resolvida. Já o Incenso, serviria para aromatizar o ambiente e afastar os insectos. Agora será que foram assim tão inúteis os presentes deles?!
E claro está, assim que eles se fossem embora, os comentários seriam do género:
- A Maria estava bem boa...nem parecia que tinha tido o puto!
- O miúdo até tem piada...fartou-se de mijar e peidar...
- Que pila é que o José tem para ter cometido esta proeza de engravidá-la virgem?
- Agora que tal ir a um bar tomar umas bejecas e deixá-los em paz? Pago eu a primeira...

Conclusão: cada macaco com o seu galho, cada minhoca no seu buraco, cada boca no seu trombone!! Nada de confusões...

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Curiosidades da quadra natalícia...

Caríssimos leitores desta rubrica blogosférica...sejam bem vindos!

Agora que até está na moda andar por aí a falar do Natal, do menino Jesus e tal, vamos então contextualizar-nos um pouco e debater o assunto, agora que o tal da Líbia já se foi com a sua guarda real que lhe foi armar a tenda em pleno forte de S. Julião da Barra!!
Vejam lá bem se aquilo é sítio para ir armar a tenda e enfiar uma catrafada de camelos...

Mas voltando ao tema do Natal, vamos lá à curiosidade nº 1 deste mês natalício:


Ficamos então a saber que a função do apóstrofo é fazer companhia a Jesus nas suas refeições. Enquanto dura o belo repasto, Michelângelo vai registando fotograficamente todos os momentos mais marcantes da referida "jantinha"
Perante isto, atrevo-me a cometer a heresia de fazer uma piada religiosa. Bem sei que é um número arriscado, mas aqui vai...
Será que na mente deste jovem equivocado, os católicos apostólicos romanos passaram a designar-se por castólicos apóstrólicos românticos?

segunda-feira, novembro 12, 2007

Resposta ao desafio # 1_v.1.2

Lançando-me nos braços do desconhecido, resolvi aceitar o desafio proposto pela Mik@, que nos foi passado pela Kitty e que o Madeiras ainda fez questão de colocar os restantes membros ao barulho. Ou seja, vou responder a um desafio, ao que parece, proposto por muitas personalidades da comunidade blogoesférica, portanto deve ser algo ponderado levado com extremo interesse e dedicação.

Ao contrário do Madeiras, não vou utilizar afirmações surreais de outrém, pois eu interpreto este desafio como feito directamente à nossa capacidade de sermos surreais em escrita.
Longe de ser um mestre do surrealismo, tentarei dar uma pequena contribuição:

- Eu já passei na IC19 sem ver um único carro

- A série MacGyver não passou de uma enorme campanha publicitária ao Canivete Suiço

- O peixe aranha foi o principal responsável pela queda da ponte de Entre-os-Rios

- Começa a ser engraçado encontrar cada vez mais pessoas que preferem dizer "lol" em vez de se rirem normalmente

- Os filmes de Manoel de Oliveira são repletos de acção estonteante

Bom, agora que vejo bem as minhas afirmações, serão elas assim tão surreais?!

Resposta ao Desafio #1

Olá a todos os ilustres, corajosos e pacientes leitores deste humilde espaço blogosférico.

O post de hoje resulta de um desafio proposto pela gata Kitty, que por sua vez aceitou o desafio da gata Mik@, que por sua vez deve ter aceitado o desafio de outra pessoa, e por aí adiante...O desafio consiste em escrever 5 afirmações surreais.

Feito este preâmbulo, e contrariamente ao habitual, este post não visa satirizar com humor e de forma irónica nenhuma figura pública relevante ou que seja merecedora da nossa atenção...

E perante isto, cá estão as afirmações surreais:

1. "Não é a poluição que ameaça o ambiente, são as impurezas do ar e da água."

2. "Já é tempo de a raça humana entrar no sistema solar."

3. "Já falei com Vicente Fox, o novo presidente do México, para mandar petróleo para os Estados Unidos. Assim não dependeremos do petróleo estrangeiro."

4. "Vocês também têm negros?" (*)

5. "Muitas das nossas importações vêm de fora."

(*) Comentário feito directamente ao presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, a propósito de uma visita oficial ao Brasil em 2002


Aproveito então para colocar o mesmo desafio aos membros do BASA, bem como a todos os nossos leitores que possuem um blog.
Fico à espera do Desafio #2...

quarta-feira, novembro 07, 2007

Ah, este belo Outono...

Aqui vai um pequeno post para desenjoar e secar as lágrimas vertidas...não me levem a mal os acérrimos defensores dos últimos dois episódios da saga ultra-romântica da autoria de Hans Christian Parrachanderson, que promete aquecer ainda mais os corações mais gélidos que por aí deambulam...

E por falar em gélido, aqui estamos nós, em pleno Novembro, a reclamar por não termos tido um Verão de jeito!!! É preciso ter lata!!

Já se vêem em alguns sítios algumas decorações de Natal...já se vêem as loiraças espanpanantes com as raposas mortas ao pescoço...já se anunciam as lotarias de Natal nas ruas da Baixa...até já escurece mais cedo!!
Mas o certo é que ainda se ouve falar de fogos florestais, de temperaturas elevadas para a época e os arautos da desgraça já vaticinam até que haverá seca na próxima Primavera e que o Benfica não será campeão!

E perante tudo isto, meus amigos, a dúvida que se coloca é que castanhas iremos comprar...e a pergunta se impõe é: que pregão irá o homem utilizar? Será um fantástico e inovador...Boas e quentes?!
É que tendo em conta o Verão de S. Martinho que já estamos a viver desde final de Setembro, e a perspectivar-se a aparição do Pai Natal numa fatiota composta por chinelinho de enfiar no dedo, calção às flores e uma camisolinha de alças, acho melhor inverter-se o conteúdo da mensagem e pôr as Boas à frente, como qualquer bom comerciante. Agora se são quentes ou não, tendo em conta o "frio" que se faz sentir, já não é muito relevante...

Venham daí as sardinhas e o manjerico que vou já para Alfama festejar o Santo António!!!
Uuuuhhhhhuuuu!!!

terça-feira, novembro 06, 2007

Ensaio: O momento em que tudo pára

Está um frio gélido, olhando para a luz das ruas observo a humidade no ar, o orvalho bailando suavemente ao sabor da brisa da frente fria que aos poucos e poucos se instala por cá. Veio para ficar. Mas eu pelo contrário, sinto-me encalorado, como se estivesse enrolado num toalhão turco enquanto faço uma sauna seca, o calor cerca-me, entranha-se-me na pele, deixa a minha respiração pesada. Mas não é desconfortável, bem pelo contrário, é mais uma sensação de aconchego. Sinto um leve toque, um movimento espásmico dos meus músculos abdominais revela uma reacção instintiva a esse acto inesperado... hum... nem por isso, era mesmo aguardado e com considerável entusiasmo. Olhando o vidro da janela, como quem não olha para além desta, encontrei-te. Linda. O teu ar, o olhar, o subir das tuas mãos demoradamente afagando suavemente o meu peito, disse tudo. Virei-me para ti e encontrei a escuridão, uma escuridão repleta de cores, de sensações, arrepiantes, doces e ao mesmo tempo indescritíveis enquanto nos beijávamos. Coloquei as minhas mãos sobre a tua cintura, reagiste de imediato, vindo ao meu encontro, contorceste-te, aproximaste-te do meu ouvido e entre beijos e carícias senti a tua respiração, como se recita-se um poema, um feitiço que me fazia percorrer a tua pele macia, a ferver mas, estranhamente, longe de queimar. O teu perfume transformara-se no teu cheiro, inconfundível e inebriante. Sentia-me enlouquecer, a adrenalina a preencher-me, a responder ao feitiço, controlava os meus movimentos, sincronizados com os teus, como se agora fossemos particulas de humidade que bailam ao sabor da brisa de uma frente quente. Com o intensificar do bailado, tu oscilavas de costas junto a mim, com o teu braço a abraçar-me, a tua mão apoiada na minha nuca, cravava com suavidade os dedos por entre os meus cabelos. Eu percorria incansavelmente o teu corpo, como uma criança perdida numa busca desenfreada por algo que a acalme, sem me deter prolongadamente, retirava o máximo de sensações que a limitação do meu tacto permitia. O mundo lá fora, parado. Nada mais existe. Só este momento, esta explosão dos sentidos que se aproxima, concentra em si todas as energias que os nossos corpos recepcionaram ao longo do dia. Um geiser termal abate-se sobre nós. Os nossos corpos, até então fervorosos, descambam numa tentativa de se arrefecerem e quedam-se pelo conforto da cama. Após um banho reconfortante, ouço a porta de casa fechar. Deitado na direcção da janela, observo novamente a humidade... Arrefeceu entretanto!

sexta-feira, novembro 02, 2007

Ensaio: O inevitável

Marcámos para as 13h, como sempre ela pediu-me para ser pontual e eu na minha eterna ingenuidade continuo a sair de casa apenas 30 min antes da hora marcada. Já estou atrasado, atensão arterial aumenta um pouco, os suores frios preenchem-me a testa, os outros condutores parecem congeminar um plano cuidadosamente, quase a uma escala universal, para que eu não consiga amenizar o atraso. Como se isso fosse possível... se já estou atrasado, não há volta a dar!
Finalmente chego a casa dela, corro para a cumprimentar. O seu olhar revela um misto de indiferença e lamento. Não era bem este tipo de olhar que esperava encontrar, mas dentro do que era espectável, também não é bom sinal. Beijamo-nos, sinto um arrepio gélido como se tivesse acabado de trincar um gelado de água, isto é deveras estranho.
Já fazia alguns dias que não nos víamos, eu estava com alguma ansiedade por sentir novamente o calor dos seus lábios, o aperto forte com que costumava presentear-me e as promessas segredadas ao ouvido. Mas algo nela estava diferente. O olhar. O beijo. A sua mão suada e pouco à vontade ao sentir o toque da minha, parecia que se estranhavam, como se a sua pele rejeita-se esse enxerto que eu teimava em lhe colocar por entre os dedos.
Fomos almoçar a um dos seus locais de eleição, eu também gostava, mas não com o mesmo grau de entusiasmo. Começámos a conversar, temas banais de um casal que já se conhece há algum tempo e relata ao seu par as novidades que lhe possam interessar. Foi então que surgiu o "precisava mesmo de falar contigo", num dia normal seria mais uma coisa banal, um problema que necessita-se da atenção mais cuidada do "namorado", mas nada de especial, no entanto hoje o dia não me parecia nada normal.
Sentia-me como que no fundo de um poço, com os ouvidos meio submersos, o som que ela emitia chegava-me abafado, quase ináudivel, não conseguia discernir com exactidão toda a informação que ela me queria passar. Não conseguia... ou não queria. As minhas mão já tinham largado as suas. Porquê?!
O meu olhar deambulava pela sala, observava o prato de um casal à direita, observava um jovem executivo a atravessar a rua ainda com o semáforo vermelho e olhava novamente para as minhas mãos, inquietas, a mexer nos talheres sem qualquer objectivo. Não conseguia suster a perna esquerda, constantemente a subir e descer apoiada apenas nos dedos e na parte dianteira do peito do pé. Porquê?!
Ela esforçava-se por segurar as minhas mãos, por me fazer olhar para ela, para que dissesse alguma coisa. Porquê?!
O nosso pedido chegou, os talheres quebraram o silêncio que subitamente se havia instalado, no entanto o som parecia algo amorfo, como se estivesse enclausurado num frasco fechado sobre o efeito de vácuo. O meu olhar, vidrado, contemplava o prato. Cada pedaço do bife, com o meu molhe preferido, parecia um bocado de serradura seca, sem sabor, ou de sabor desagradável. Porquê?!
Quando acabámos, os nossos olhares voltaram a reencontrar-se, o seu parecia agora um misto de lamento e de suplica, como que a pedir-me "fala! diz qualquer coisa!". Não falei. não sabia o que... Porquê?!
Despedimo-nos como dois conhecidos que haviam esgotado o parco tema de conversa. A viagem de volta a casa pareceu-me nem ter ocorrido, totalmente absorto em pensamentos dou por mim a ver-me ao espelho. Pareço mais velho, stressado e perdido. O meu olhar apenas deixa transparecer uma sensação de vazio. Porquê?!
Porque gosto eu tanto desse teu travo... amargo... a tudo o que me é mortal?!

segunda-feira, julho 16, 2007

Ensaio: O dia seguinte

Acordo com um berro. Uaaaaauuuu! James Brown canta na minha cabeça, “i feel good” diz ele. E realmente... sinto-me bem disposto, a claridade do sol de meio-dia irrompe pela janela e aquece o meu corpo. O barulho dos carros a passar num frenesim em direcção à praia parece um canto de pássaros a lembrar-me que é Verão.
Fecho os olhos, o chilrear desses pássaros mecânicos vai esmorecendo e lentamente vou sentindo novamente a tua essência, doce mas ao mesmo tempo suficientemente fresca, como uma brisa de verão logo pela manhã. O toque da tua pele vem à flor dos meus sentidos como os salpicos de um cabelo, molhado pelo mar, nas costas de um jovem adormecido ao sol. Relembro a sensação de butterflies in my stomach que senti cada vez que entrelaçavas os meus braços na tua cintura e fazias um maravilhoso swing de ancas comigo.
Recordar as piadas inventadas, as observações um pouco mais mordazes e o arrepiar da pele de cada vez que te aproximavas para me segredar ao ouvido deixa-me com um sorriso parvo, como que a dizer: “Estou feliz, não sei bem porquê, mas estou feliz!”
Queria ter-te beijado, sentir o doce dos teus lábios a acariciar os meus, tomar-te em meus braços e deixar que o calor dentro de mim (nós?!) segurasse as rédeas.Mas isso não aconteceu, ainda que o quisesse e chegasse mesmo a equacionar se também o querias.
Vou-me inteirando então de que provavelmente estive a noite toda no papel de uma personagem de um qualquer filme romântico de Domingo à tarde, filme esse em que não só era o personagem principal como também o argumentista, que num devaneio causado pelo enebriante ambiente se deixou levar na emoção de uma história ficcional mais apelativa que a sua realidade.

segunda-feira, junho 25, 2007

Haja saudinha...e da boa!!

Caros leitores e ilustres membros da ABA (Associação dos BASAticos Anónimos), aqui estou para atirar umas farpas ao sistema de saúde de um país moderno e dito civilizado, e outras ao sistema de saúde de um país moderno e dito civilizado!

Confusos? Eu explico.

Começo por apresentar alguns exemplos do que se pode encontrar nesse determinado país moderno e dito civilizado:
1. Um homem que acidentalmente cortou a cabeça de dois dedos ao manobrar uma serra eléctrica, teve de optar pelo dedo que queria ver reconstituído, pois o seu seguro não cobria as duas cirurgias!
2. Uma rapariga foi vítima de um acidente automóvel, ficou inconsciente, e só acordou na cama de hospital. A seguradora recusou-se a cobrir as despesas hospitalares, justificando que a jovem não informou a sua seguradora de que necessitava de ser socorrida.
3. Uma mulher de 22 anos teve um cancro, mas a sua seguradora recusou-se a pagar as despesas de tratamento por considerar que não é normal ter cancro nessa idade.

Agora, apresento alguns exemplos do que se pode encontrar no outro determinado país moderno e dito civilizado:
1. Multiplicam-se os casos de partos ocorridos em plenas auto-estradas, pois as mulheres grávidas não têm na sua área de residência uma maternidade ou hospital com serviço de obstetria a funcionar.
2. Pessoas morrem em plenas auto-estradas, vítimas de paragens cardio-respiratórias, uma vez que o Serviço de Atendimento Permanente da sua área de residência foi encerrado e as pessoas têm de ser transportadas para as urgências mais próximas.
3. Cidadãos de um país que procuram atendimento médico no país vizinho, pois lá são melhor e mais rapidamente atendidos, em alguns casos, sendo mais económico já com deslocação incluída.

Nunca se sabe quando a ambulância poderá ter uma avaria mecânica a caminho do hospital, e a seguradora não pega por não ter sido previamente avisada. Entretanto a senhora morre de ataque cardíaco, fatalidade essa que não está prevista acontecer naquela idade, e muito menos em plena auto-estrada, pelo que a seguradora se recusa ao pagamento de indemnizações.

Moral da história: vamos todos viver numa grande cidade, ter dinheiro e ler bem o contrato do seguro de saúde antes de pensar ter um acidente, ficar doente ou mesmo engravidar!

E claro está, ter saudinha...e da boa!! Mas daquela mesmo, mesmo, mesmo boa!!

sexta-feira, junho 15, 2007

Luta a sério...é mesmo com elas!!

Já repararam bem nas figuras ridículas que as pessoas fazem quando andam à pancada?!
Eles, homens, que se acham muito machos e insistem em salvar a sua honra através de uma bela sessão de pugilato, acabam por ser bem piores que elas, mulheres, quando estas também optam por este método tradicionalmente másculo de resolver os diferendos. Passo a explicar...

Estava eu a passear na noite de Santo António, ali por um dos becos de Alfama, quando subitamente vi um jovem no chão, a contar as pedras da calçada sob um forte incentivo da biqueira de uma bota de um indivíduo mal encarado. Obviamente tal cena perturbou a minha lucidez, ou falta dela, visto que ainda demorei uns segundos a associar as coisas...
Quando dei por mim, já via mais uns jovens a defender a posição do contador das pedras da calçada, dizendo que ele tinha razão e tal, e que o jovem da bota engraxada não tinha razão nenhuma para duvidar que as contas estavam certas. Testemunhas oculares mais atentas afirmam que houve tentativa de agressão quando o contador de pedras mordeu a biqueira da bota engraxada...Eu não vi nada. Estava de mãos nos bolsos e assobiar para o lado.

Visto que aquilo parecia estar para durar, e o contador não parecia ter vontade de fazer novamente as contas de cabeça (que é como quem diz, em cada pedra, um toque de cabeça), encostei-me a um canto e limitei-me a observar...e o que assisti, foi deveras surpreendente.

Não é que estes rapazolas, no desenrolar destas contendas, assumem comportamentos estranhos, pouco típicos de machões que querem eles fazer transparecer?! Senão vejamos...

- Trocam aqueles olhares, fixamente, olhos nos olhos...
- Gesticulam com os indicadores e chamam um pelo outro...
- Mordem os lábios e alguns até colocam a língua de fora...
- Empinam-se todos de peito para fora...
- Ficam ruborizados com a emoção...

Eu diria que isto é, no mínimo, muito suspeito. Parece mais um casalinho de namorados apaixonados a trocar carinhos, do que propriamente dois homens em luta corporal.


Já as mulheres, quando se trata de resolver os diferendos de forma mais viril (e não à homem), cerram os punhos, fecham os olhos, e vai de distribuir "fruta" para toda a gente, ainda que corram o risco de ficar sem um belo punhado de cabelos e a roupa toda desajeitada.
Isto sim, é que é luta a sério!!

segunda-feira, maio 21, 2007

Ensaio sobre uma troca de olhares.


Luto por me manter à tona...
no entanto, a corrente arrasta-me impiedosamente como que insatisfeita por não sucumbir diante das suas investidas.
Não sei como aqui vim parar, porém a frieza áspera e aguçada das rochas mantém-me consciente de que nada é mais importante do que concentrar-me neste momento, naquilo por que estou a passar. Os pensamentos vagueiam, não o consigo evitar, mesmo que por vezes sejam dilacerados pela dor alucinante de um rasgão directo no coração.
Coração?! O meu coração?! Será que?!...
Não. Está normal. Um pouco alterado, mas sem sinais de rasgões visíveis. O meu corpo seco. Levanto novamente a cabeça, um pouco mais descansado, e eis que me encontro novamente num rápido. Desta feita a corrente ficou ainda mais forte, mais intensa. Os obstáculos aglomeram-se deixando a passagem cada vez mais estreita, a dor regressa e com ela a incapacidade de me manter à tona. Respiro da forma mais profunda que consigo sempre que volto à superfície, mas é cada vez mais difícil, o peso no peito, do cansaço e da falta de oxigénio torna cada vez mais claro o final deste percurso. Vejo as árvores a passarem num frenesim, os seus galhos a dançar suavemente em jeito de despedida. O murmúrio da água lembra um riso que cedo se transforma numa gargalhada... uma cascata aproxima-se.
Onde estou agora?! sinto uma superfície composta por pequenas pedrinhas, tão pequenas que me escapam por entre os dedos tal como as forças me escapam enquanto luto por me levantar. O destino cruel aproxima-se, será a última vez que sinto este fantástico odor a perfume digno da mais bela das primaveras?!
Olho para a água a passar numa sensação de calmaria aparente, mas os ecos da cascata continuam bem presentes. Está na hora, saio do comboio na última estação, poucos metros me separam do local de trabalho. Olho de relance para trás e lá está ela, sorrindo para mim enquanto desaparece em direcção ao Metro. Parece contente com o estado em que me deixou...
Dificilmente esquecerei aquele olhar.

quinta-feira, maio 17, 2007

Os "maiores" portugueses

Caríssimos BASAticos,

Venho por este meio (tentar) inaugurar uma rubrica que visa retratar alguns dos "maiores" portugueses de sempre...

Na minha opinião, esta lista é claramente encabeçada pelos condutores, sejam eles de automóveis, carrinhos de compras, carrinhos de bebé ou mesmo de caricas! Todos eles se julgam os "maiores" e são vistos com grande frequência a infringir regras básicas de civismo e respeito pelos outros.
Concretizando o raciocínio que me leva a apontar os condutores como os "maiores" portugueses, faço especial destaque a um sub-grupo dos condutores que se intitula como classe taxista.

Estes são os verdadeiros "maiores" portugueses!!

Senão, vejamos alguns exemplos que conferem solidez a esta argumentação:

O taxista português detém uma cultura ímpar.
Trata-se de cultura futebolística, é certo, mas não deixa de ser cultura, e só assim poderá ele manter uma conversa de nível com os seus passageiros.

O taxista português tem uma forte orientação religiosa.
Exemplo disso é o ornamentar do carro com motivos religiosos, desde o terço pendurado no retrovisor, à imagem da Santa no tablier do carro, passando ainda pela chapinha com o seu nome colada no porta-luvas.

(Perante estes dois argumentos, creio que seria suficiente para eleger a classe taxista como os "maiores portugueses"...mas vale a pena ver mais alguns exemplos. O melhor fica sempre para o fim!)

O taxista português tem uma destreza inagualável ao volante.
Reparem bem na sua habilidade para se desviar dos peões que se encontram a atravessar uma passadeira. A destreza do taxista leva-o a desviar-se habilmente para a faixa contrária para evitar o atropelamento, pois a mecânica do carro deverá ser preservada (travões, embraiagem e caixa de velocidades). É sem dúvida de louvar este acto de elevado civismo!

O taxista português é uma pessoa de convicções fortes.
É muito raro vermos um taxista a infringir uma regra de trânsito, seja de velocidade, sinais luminosos, prioridades, traços contínuos, etc. Digamos que ele nunca se engana, e raramente tem dúvidas (como disse o outro), e perante uma situação inesperada de perda de prioridade, a solução é carregar o acelerador e vincar bem a sua posição de pessoa trabalhadora e cumpridora do seu dever. Por outro lado, é possível vê-los também muito atentos aos transeuntes que requesitam os seus serviços de transporte, respondendo de imediato com uma travagem brusca, uma guinada para a berma do passeio e sinalização com as luzes intermitentes, tudo isto com incrível habilidade e destreza. Quanto aos restantes utilizadores da via, deveriam estar mais atentos a estas manobras para evitar possíveis acidentes!

O taxista português é uma pessoa honesta e de confiança.
Assim que entramos no taxi, sabemos que o trajecto será sempre o mais curto até o destino, que o troco entregue será o devido, e perante o pedido de factura do serviço prestado, temos a garantia de que este documento fiscal terá toda a informação obrigatória por lei.

O taxista português é simpático, educado e sabe receber bem os seus clientes.
Esta conclusão resulta também da observação da sã convivência do taxista com os demais utilizadores das vias, com quem ele costuma comunicar por intermédio de gestos descritos com o seu braço esquerdo que comummente é visto a descansar fora do carro. No que diz respeito aos temas de conversa com os seus clientes, estes devem passar por futebol, família do próprio, política (é sempre bom ter uma opinião diferente da nossa...) e alguma actualidade do Correio da Manhã ou do 24Horas. Se não dominar nenhum destes assuntos, é preferível manter-se calado e ouvir quem sabe do que fala.

Posto isto, creio que não restam dúvidas sobre quem são (para mim) os "máiores" portugueses. É claro que até podem contestar esta minha análise questionando "mas será que não há maus taxistas por aí?", ao qual respondo "é possível que sim...mas...quem acredita em bruxas? Eu não...mas elas andam aí...!"

Não percam os desenvolvimentos desta interessante (ou não...!) rubrica neste cantinho da blogosfera. Um abraço a todos, e se possível, andem a pé, metro ou de autocarro...

segunda-feira, abril 16, 2007

E se a pontuação fosse escrita por extenso ponto de interrogação ponto de exclamação

Isto há dias em que me dá umas pancadas valentes e ocorreu-me fazer um pequeno exercício do que seria um breve trecho de um texto em que a pontuação fosse toda escrita por extenso ponto final É claro que este texto não pretende conter qualquer tipo de mensagem filosófica vírgula até porque eu não seria a pessoa indicada para isso ponto final O objecto deste exercício será meramente estético no sentido de aproximar algo de fantástico vírgula como é a escrita vírgula de uma imagem que tenta representar a anarquia e insurreição da pontuação face às palavras ponto final parágrafo

Para melhor ilustrar essa imagem vírgula não pensem que vou facilitar a vossa tarefa de leitores ao assinalar essa mesma pontuação vírgula era só o que faltava ponto de exclamação Eu próprio vírgula ao escrever este texto vírgula já dei por mim a voltar atrás muitas vezes para reler esta confusão ponto final E até agora limitei-me a fazer uma pontuação simples vírgula imaginem portanto se eu quisesse fazer um aparte do que estou a falar reticências abre parentesis como por exemplo escrever este aparte entre parentesis fecha parentesis Fica bonito não fica ponto de interrogação

Louvada seja a pontuação, por mais que nos custe admitir, um pouco de ordem na nossa vida é sempre essencial (ficou melhor assim, não ficou?)

Ps dois pontos peço desculpa se não acrescentei nada de novo às vossas vidas vírgula é que há certos assuntos que me fazem comichão no umbigo vírgula e quando assim é mais vale abre aspas coçá-los fecha aspas ponto final

quinta-feira, março 29, 2007

Onde Tá o Aeroporto?!

Caros basáticos,

E demais leitores cibernautas que se dignam a visitar esta humilde e acolhedora página...
Venho por este meio procurar resposta a uma dúvida, que insistente e recorrentemente toma de assalto o meu espírito: afinal, Onde Tá o Aeroporto?!

Não...ao contrário do que muitos podem estar a pensar, não se trata da dúvida que os pilotos das aeronaves têm ao acercar-se da Madeira...pois esse está lá...e só não vê quem não quer (bem...tem dias!!). Mas adiante...

Também não estou a falar do Aeroporto de Hong Kong...que segundo consta, aterrar um avião naquela pista sem arrancar roupa do estendal dos prédios à sua volta, é tão difícil como ver um vendedor de arcas frigoríficas no Pólo Norte, ou ver um canguru feliz e contente da vida a jogar strip poker com os bacalhaus da Noruega, ou ver uma avestruz enterrar a cabeça num bloco de gelo, ou ver um morcego descontraidamente a apanhar sol em Marrocos, ou...bem, acho que já deu para perceber a ideia...

E perguntam vocês...mas então que raio de conversa é essa sobre a fauna terrestre e que relação tem com a tal dúvida inicial "Onde Tá o Aeroporto?!"...??

A resposta, meus caríssimos leitores, é muito simples e tremendamente elucidativa: Já estivemos mais longe!!

segunda-feira, março 19, 2007

A malícia que nos passou ao lado

Ora viva caros blogosféricos BASÁticos,

Antes de mais, não se deixem enganar pelo título...Entenda-se que a malícia passou-me ao lado, mas rapidamente a recuperei para não mais a largar!
A história desta semana prende-se com um pedido insistente de muitas famílias (eles sabem bem quem são...) que visa tentar reproduzir uma visão isenta de certos factos relacionados com a infância de qualquer criança. Sem mais delongas, vamos a isso...

1- As músicas de alguns desenhos animados tinham mensagens sexuais implícitas
Programa: uns desenhos animados com um cão chamado Dinky
Descrição: o Dinky bebé tinha sido acolhido por uma família, e assim que o cão se tornou adulto, chegaram à conclusão que era um S. Bernardo (que espertos!!)
Facto denunciado: a letra da música era de cariz sexual...reza o refrão, o seguinte texto...
"...e cresceu, cresceu, cresceu...já não é mais pequenino é bem maior, maior...não , não, Dinky, não!!!"
(não preciso dizer mais, pois não?!)


2- Transmissão de valores morais decadentes e capitalistas
Exemplo: banda desenhada da Disney
Descrição: Patinhas e família, Zé Carioca
Facto denunciado: já repararam que o Patinhas era capaz de vender a própria família para aumentar a sua fortuna?! Que raio de educação é esta que se pode dar aos miúdos?? E já reparam que o Zé Carioca engana tudo e todos e safa-se sempre?
Moral da história: as crianças resolvem tornar-se altamente gananciosas ou vão viver para uma barraca, sobrevivendo às custas dos outros...Já agora, não se esqueçam dos Metralhas. Sim, porque os bandidos da vida real não andam propriamente indentificados com uma chapa numerada ao peito e não têm um rácio estatístico de insucesso tão elevado.

3- Vale a pena falar da música e dos artistas dos anos 80 ?
Exemplos: Samanta Fox, Michael Jackson, George Michael, Elton John, Boy George e Manuela Moura Guedes (felizmente foi a mais fugaz deste grupo)
Factos denunciados: a short list inclui ocupação de espaço televisivo (e também do ecrã do televisor) com:
- exibição dos enormes seios da Samanta Fox a fazer as delícias de graúdos e a despertar curiosidades na pequenada;
- progressiva despigmentação corporal do Michael Jackson (com evidente impacto social...os pretos a mudarem para brancos...nos anos 90, a tendência inverteu-se);
- George Michael, Elton John e Boy George...o trio maravilha que desde a Last Christmas, Nikita, Camellia optou por um estilo mais liberal cada vez mais explícito;
- Manuela Moura Guedes atingiu o seu auge com "Foram cardos, foram prosas" e reparem bem na letra..."será sempre a subir ao cimo de ti só p'ra te sentir"...creio que está tudo dito!

O julgamento deverá ser feito por cada um de nós...e claro, se quiserem mandar papos pró ar, é só tê-los no sítio e comentar...

quarta-feira, março 14, 2007

Salsa é definitivamente um bom tempero

Costuma-se dizer que os olhos também comem, e o que é um facto é que a grande maioria de nós, quando não está absorta em problemas ou outras questões que nos roubam a concentração e nos impedem de ver o que nos rodeia, gosta de admirar coisas que nos estimulem visualmente.

Tudo isto para contextualizar um estimulo visual que muito me anima, e que diria mesmo, me parece ser uma dádiva desses fantásticos artesãos modernos que conseguem criar aquelas calças cujas formas temperam os nossos olhares.

Há por aí muitas marcas, umas já foram tão famosas que se tornaram "marcas produto", isto é, referiamo-nos muitas vezes ao nome da marca para identificar o produto (quantas vezes não chamámos Levis a umas calças de ganga, mesmo sabendo que não eram Levis?!), mas a meu ver nenhuma dessas marcas conseguiu o que a Salsa consegue. Louvados sejam os estilistas que para ela trabalham por conseguirem criar por vezes a ilusão de que estamos perante uma escultura de glúteos quase digna das mãos habilidosas de Leonardo Da Vinci.

Bem sei que por vezes o material que juntamente com as calças compõe a escultura, pode desiludir assim que se retira o invólucro de ganga, mas não valerão a pena aqueles momentos em que a nossa visão é maravilhosamente estimulada por formas tão agradáveis?

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

A força (demolidora) das palavras

Todos temos perfeita noção de que uma imagem vale mais que mil palavras, mas por seu lado, as palavras em si encerram uma lógica, uma contradição, um significado, um oportunismo, um humor negro, uma ironia, uma simplicidade...e muitas vezes, uma força demolidora a vários níveis.
Aqui estão alguns exemplos:

1. "Incomodam-me as pessoas que não dão a cara" ...assinado por um Anónimo!

2. "Vamos por partes" ...assinado por Jack O Estripador

3. "A minha esposa tem um bom físico" ...assinado por Albert Einstein

Perceberam agora ou vamos a mais uns belos exemplos?

4. "Eu comecei por roer as unhas" ...by Vénus de Milo...

5. "Nunca pude estudar Direito" ...por Corcunda de Notre Dame

6. "Ser cego não é grave. Pior seria ser negro" ...por Stevie Wonder

7. "Sempre quis ser o primeiro" ...por João Paulo II

8. "Quando te foste, deixaste-me um sabor amargo na boca" ...por Monica Lewinsky

9. "Hás-de pagar-me" ...by Fundo Monetário Internacional

10. "Batemos a concorrência"...by Moulinex

11. "Não ao derramamento de sangue" ...by Tampax

12. "O automóvel nunca substituirá o cavalo" ..."dito" por uma égua

13. "Tenho um nó na garganta" ...dito por um condenado à forca

14. "Estou feito em pedaços" ...por Frankenstein

15. "Gosto da Humanidade" ...assinado por um canibal

16. "Basta de humor negro" ...by Ku Klux Klan

17. "És a única mulher da minha vida!" ...por Adão

18. "Levantarei os caídos e oprimirei os grandes" ...por um soutien


Obviamente que uma parte destas frases deve estar retirada dos devidos contextos, outras devem ser pura ficção, e outras ainda são de difícil prova dos verdadeiros autores...
Mas o certo é que o objectivo não é testar a veracidade das frases, mas sim demonstrar que as palavras podem ter uma força tremendamente demolidora.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Os nossos media (lixo) televisivos

Caríssimos membros do BASA e restantes leitores deste blog: desta vez venho falar-vos de algo que me tem apoquentado profundamente, algo que mal me deixa dormir sossegado, e sobretudo algo que me deixa com uma enorme comichão na língua e na ponta dos dedos.

Sosseguem as vossas mentes mais imaginativas, não...não padeço de nenhuma doença contagiosa, nem esta comichão se deve a comportamentos desviantes adoptados pela minha pessoa...

Simplesmente venho dar crédito a algo que se calhar até nem merece, mas como estamos aqui para dizer mal, então eu faço o favor de abrir as hostilidades!!

E venho aqui precisamente para falar dos nossos media, especialmente aqueles privados que lutam incessantemente pelas audiências em horário nobre, lutando ferozmente por captar a atenção de pessoas como a Senhora Maria de 87 anos, com 5 diopetrias e quase surda, ou o Senhor Joaquim que a essa hora está encostado ao balcão da tasca a beber a sua décima mini, de olhar vidrado e praticamente hipnotizado pelo que passa na televisão.

Num canal temos uma telenovela cuja protagonista me recuso a dizer o nome, de pronúncia nortenha e que desenvolve um interminável amor por um ricaço de barba ruiva...E de repente, parece que para esse canal de televisão o mundo inteiro se reduz a essa história e os seus protagonistas, misturando realidade com ficção, e fazendo directos de 5 em 5 minutos para a porta do hospital onde essa "actriz" deu entrada em urgência.
Mas eu tenho que levar com isto?!

No outro canal temos uma telenovela cuja protagonista me recuso a dizer o nome, e que pelas fotos que vi até é uma jovem bem agradável à vista, para além de evidenciar uma tremenda forma física digna de quem é capaz de encarar as coisas de frente (e levá-las muito a peito), com aspecto muito saudável, embora insista em andar vestida de freira...enfim, não se pode ter tudo...E de repente, parece que para esse canal de televisão o mundo inteiro se reduz a essa história e a sua protagonista, misturando realidade com ficção, e fazendo directos de 5 em 5 minutos para a porta do hospital onde essa "actriz" deu entrada em urgência.
Mas eu tenho que levar com isto?!

A primeira foi parar ao hospital porque se sentiu mal durante as filmagens...e a segunda porque anda com complicações respiratórias...
Bolas, mas será que essa merda é caso para interromperem as emissões?!

Que culpa temos nós que uma ande a alimentar-se mal, e a outra meta o nariz onde não é chamado?
Desconfio que qualquer dia ainda é notícia de abertura dos telejornais dos respectivos canais se uma delas tiver hemorróidas, uma unha partida, um seio descaído ou um pêlo púbico encravado e infectado...

E se as duas tiverem um destes azares (ou porque não todos em conjunto?) no mesmo dia, e forem as duas para o mesmo hospital para curar essa maleita?
Já imaginaram o caos que se poderia estabelecer à porta desse hospital??
De um lado um gang de pitas devidamente equipadas com as suas saias floridas, blusas de cores garridas, bandeletes com florzinhas e ténis allstars que só elas compram, entoando desafinadamente a canção do genérico e exibindo cartolinas com fotografias da sua idolatrada "actriz"...Do outro lado, um gang de adolescentes (eram ainda pitas quando viram essa actriz nos Morangos com Açúcar), exibindo também as cartolinas com fotografias da sua idolatrada "actriz". Escusado será dizer que os rapazes levam outro género de fotografias...

E o final dessa contenda seria confronto físico com puxões de cabelo com fartura, roupas rasgadas e bocados de cartolina espalhadas por todo o lado!

Será que isso já era notícia?
Ou por poder dar má imagem às respectivas novelas seria tudo abafado?

É por estas e por outras que o canal Parlamento começa a conquistar audiências!!

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Música infantil

Caros amigos e ilustres leitores do Movimento BASA...aqui estou para vos apresentar um momento lúdico-musical-futebolístico...imagino que seja um feito inédito na blogosfera, ousar realizar uma associação tão sólida como castelo de cartas...mas ainda assim arrisco nos meus conhecimentos e saúde mental, e apelo às vossas memórias de infância para melhor compreensão deste post.

Lembram-se das músicas da nossa infância interpretadas pelo José Barata Moura?

E da música intitulada "A saia da Carolina"? (Se não se lembram, azaruxo...a vossa infância deve ter sido bem infeliz, eheheh)

Mas aposto que se lembram todos daquela senhora de respeito que se colocou na primeira fila da bancada do Estádio da Luz num famoso S.L.Benfica vs FêKêPê (ou fóculpor...), devidamente acompanhada pelo guarda Abel a servir de guarda-costas. (Se não se lembram, azaruxo...perderam uma boa oportunidade de ver uma cambada de tripeiros enlatados num só sector da bancada, eheheh)

Mas siga pra bingo que o tempo é curto...Aqui vai a letra da musiquinha da Carolina...

A saia da Carolina
Tem um pintinho pintado
Sim Carolina oi-o-ai
Sim Carolina O-ai- meu bem!
Quando a Carolina dança
Soa um apito doirado!
Sim Carolina oi-o-ai
Sim Carolina o-ai meu bem!
Noutro tempo a Carolina
Chamava-lhe "o meu Dragom"
Sim Carolina oi-o-ai
Sim Carolina O-ai- meu bem!
Agora que se zangaram
Só lhe chama "seu Kabrom"!
Sim Carolina oi-o-ai
Sim Carolina O-ai- meu bem!
Como e que isto acabará?
Imaginem meus amigos
Sim Carolina oi-o-ai
Sim Carolina O-ai- meu bem!
O gajo vai-se safar
E ela vende muitos livros!
Sim Carolina oi-o-ai
Sim Carolina O-ai- meu bem!

I got no further questions...