quarta-feira, abril 02, 2008

O que é realmente importante?!

Dou por mim a ler notícias banais de escândalos, mortes, acidentes, etc. Ocorre-me emitir um vocábulo digno de mais um que fica chocado com a barbaridade a que assistiu mas não esboça qualquer espécie de acção. Mas não, não o emitirei e também não fico indiferente. Limito-me a reflectir sobre isto, tendo consciência que a conclusão a que irei chegar é obviamente restrita aos poucos conhecimentos que possuo, mas ainda assim, um exercício de reflexão é sempre de louvar.

O que é mais importante, "o todo"? Ou "a parte"?

A resposta óbvia que me salta à cabeça é o todo! Faz sentido, "o todo" implica um resultado final de um conjunto de acções, de eventos, acontecimentos... enfim, de várias partes. Se pensarmos em termos de gestão, sempre que se planeia algo, existe um determinado objectivo que só é cumprido caso se cumpram muitas metas intermédias. Mas o fulcral aqui é que nem sempre as partes têm de ser cumpridas para que o objectivo final, "o todo", seja realizado. Não sei se isto faz sentido para todos, mas para mim parece óbvio. No entanto, todos nós, como seres sociais que somos esquecemos esta conclusão óbvia e limitamo-nos a viver o momento, o célebre carpe diem, ou então limitamo-nos a resolver satisfatoriamente as questões que nos surgem no dia-a-dia sem sequer pensar nas implicações futuras. Aos poucos vamos comprometendo a sociedade futura. Não tenham ilusões o problema não vem do "dá-me o telemóvel já!", ele já vem de momentos anteriores, só que agora temos que aplicar medidas correctivas com efeitos retroactivos, o que nem sempre resulta bem e voltamos a comprometer algo mais no futuro. O chamado "efeito borboleta"!

3 comentários:

Madeiras disse...

Nestas alturas, nada como explanar uma ideia demolidora, com um leve trago gutural e uma pitada neanderthalesca para dizer: Porque não partir o todo em várias partes?!

Parrachanderson disse...

Não é isso que fazemos neste momento?!

Madeiras disse...

O que fazemos neste momento é que andamos preocupados a juntar o nosso todo a partir das pequenas partes já previamente partidas. Assim que estas estão partidas por outros, partimos nós as partes deles para fazermos o nosso todo. Assim, o nosso todo é formado pelas nossas partes e pelas partes já partidas por outros. E para evitar partir mais um pouco a cabeça com estes inúteis trocadilhos, e visto já ter partido o meu raciocínio em múltiplas partes, estou de partida para não ficar à parte!!